SOL: Zon apresentou queixa ao regulador da publicidade contra campanha Meo Fibra da PT

A campanha do Meo Fibra «viola frontalmente os princípios da legalidade, honestidade, veracidade e leal concorrência», acusa a Zon, na parte da queixa apresentada ao Instituto Civil para a Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP) a que a agência Lusa teve acesso.

A Zon acusa a PT de, na sua campanha publicitária sobre a oferta de serviços assentes em rede de fibra óptica, esquecer os princípios do código de conduta do ICAP, organismo do qual as duas operadoras são associadas.

Na semana passada foi a PT que acusou a Zon de desenvolver uma «campanha publicitária enganosa, desleal e desonesta», colada «de forma notória e evidente ao investimento da PT na rede de fibra», tendo-se queixado também ao ICAP.

A PT pediu, na altura, a proibição e cessação imediata de toda a publicidade da Zon TVCabo sobre produtos e serviços da 'Zon Fibra', referindo também que a rede da sua concorrente é uma rede híbrida, numa queixa que a Zon recebeu com «estupefacção».

As decisões do ICAP - que podem levar à suspensão das campanhas - só são tomadas depois de notificadas as empresas alvo das queixas, que têm cinco dias úteis a contar da data da notificação para responder, decorrendo depois o tempo de análise da queixa e da resposta.

Na queixa, a Zon pede ao ICAP que declare a campanha da Meo Fibra «ilegal e ilícita», e consequentemente proíba a sua divulgação. A empresa presidida por Rodrigo Costa aponta a "flagrante falsidade de várias declarações «na campanha do Meo Fibra, passíveis de induzir o consumidor em erro», e considera que "essa indução se apresenta como intencional".

A Zon considera ainda que a campanha é "publicidade comparativa enganosa", já que a Portugal Telecom (PT) defende que o Meo Fibra tem "a melhor imagem de sempre" e a comparação com outras experiências de televisão "não é demonstrável (...), não correspondendo sequer à verdade".

Na queixa, a Zon sublinha ainda que a PT comercializa o Meo Fibra com acesso à Internet a 20 megas, o que fica aquém da velocidade mínima fixada pelo Governo (40 megas) para que uma rede possa ser considerada de nova geração.

Lusa/SOL